quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Confusão

Me escondendo do sol
Vou deixando o seu rosto fora da minha mente
Mil vozes ecoam na minha cabeça

Você fala mas eu nem mesmo reconheço o seu rosto
Diga-me todas as formas para me manter acordado

Cavo um buraco
Se eu pudesse pintar o céu
Todas as estrelas brilhariam em vermelho

Velhos tempos de sorte
E eu não reconheço mais você

sábado, 31 de agosto de 2013












Ele não escreveu nenhuma canção.
Durante muito tempo ele não fez nada. 
Olhava para ela, é claro.
Não se importava em olhar para ela quando ela passava : olhá-la proporcionava a ele um prazer especial. 
Era como se ela tivesse luz própria, porque onde quer que ela fosse, brilhava. Quem podia explicar isso?

quarta-feira, 14 de agosto de 2013




Nessa cidade deserta,
eu calmamente  respiro.
Comparando-me com esse magnífico céu azul,
me sinto um passáro morto.


domingo, 14 de abril de 2013

A carta




Hoje estava arrumando o guarda-roupa e eis que encontro uma carta, era a primeira carta que eu recebi, fiquei espantado quando abri e vi a data 14/04/2001 ou seja : 12 anos! O que uma folha de Sulfite A4 pode despertar dentro de você? Em mim várias coisas, primeiro custei a acreditar nessa data absurda e me perguntei várias coisas: "O que fiz em 12 anos? O que poderia ter feito? Tomei o rumo que eu queria?", me lembrei quantas vezes li e reli aquela carta, o quanto fiquei feliz quando ela chegou, o quanto esperei a resposta...
Tinha escrito para uma pessoa que morava na mesma cidade que eu, tinha pego o endereço dela em uma revista de animê (poucos usavam e-mail naquela época), não me lembraria de jeito algum o que eu escrevi, na resposta estava escrito: "Pode me ligar de tarde, todos os dias que quiser"  Um grande erro! Pois eu liguei todos os dias que eu quis ( relembrando, acho que minha mãe não gostou muito quando chegou a conta rs), e percebo o quanto fui impertinente, meu coração acelerava cada vez que por algum motivo eu passava por aquela rua. Em algumas oportunidades ela disse que viria até minha casa, e eu me arrumava, e ficava horas esperando, suando frio  "Como será que ela é?", sentimentos de um garoto de 13 anos.Eu até levei flores no aniversário dela, até hoje não sei de onde tirei coragem pra isso, embora não tenha sido assim tão fácil.
Perdi o contato com o passar do tempo, e em um surto de nostalgia (creio que o primeiro) eu fui procura-la no Orkut (mais uma vez percebo minha impertinência aqui), procurei e achei e claro que fiquei contente, mas a grande lição aqui era: " As coisas não podem e nunca serão iguais, elas podem ser diferentes, melhores, piores ou não ser nada, só não podem ser iguais". Nessa oportunidade acabei conhecendo pessoalmente a amiga dela que também me correspondia, eu nem tentei chama-la para sair, ela namorava e nessa altura não teria mais coragem de incomodar; Em duas oportunidades eu encontrei  ela mas não falei nada que eu queria...pensando bem, eu não disse nada.
Depois dessa carta eu passei eu me corresponder com inúmeras pessoas, e apesar de ter ficado feliz com outras cartas, outras amizades, é dessa que lembrarei, porque pude aprender várias coisas que são importante para mim e para o que eu sou hoje. E foi com aqueles desenhos e com aquelas palavras escritas que minha mente juvenil sonhava e viajava longe... Para acabar nostalgicamente( embora eu sinta que poderia dizer muito mais) escrevo o final como normalmente  fazia nas cartas...Bom, fico por aqui! FUI!
* Era assim que eu imaginava que ela fosse*

sexta-feira, 9 de março de 2012

"E se..."


"E se..." Estamos sempre pensando no que poderia ter sido, onde estaríamos se tivéssemos tomado outro caminho e escolhas? Talvez por insatisfação presente, ou até mesmo por uma boba curiosidade; São restos do passado que, escondidos e não apagados, transparecem no presente, como potencialidades que não foram realizadas, mas que, mesmo assim, integram a nossa história.
Nossas vidas são abarrotadas de caminhos que deixamos de pegar, histórias que não se realizaram. Por que não se realizaram? Em geral, pensamos que nos faltou a coragem: não soubemos renunciar às coisas das quais era necessário abdicar para que outras escolhas tivessem uma chance. E é verdade que, quase sempre, desistimos de desejos, paixões e sonhos porque custamos a aceitar que nada se realiza sem perdas: por não queremos perder nada, acabamos perdendo tudo.
O problema de pensar nisso é porque esvazia a vida que temos. O passado que não se realizou funciona como a miragem da felicidade que teria sido possível se tivéssemos feito a escolha "certa". Diante disso, de que adianta qualquer experiência presente?
Sonhar no que teria sido, é quase como negar o momento presente, é fantasiar com uma ilusão que na maioria das vezes esbarra na irrealidade.Somos perigosamente nostálgicos de escolhas passadas alternativas, que teriam nos levado a um presente diferente. Se essas escolhas não existiram, somos capazes de inventá-las -e de vivê-las como se fossem verdade.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pequenos fragmentos




Descanse em paz 

Eu tive muitos amigos, algumas vezes eu não me lembro exatamente
Amigos que eu pude lutar, rir e chorar
Não há necessidade de falar, nós sabemos ...
Tanto tempo sem nos ver, mas eu sinto que você está sempre ao meu lado
Perdi muitos amigos, porém algumas vezes eu não me lembro exatamente
Como um vento que está soprando lentamente pelo rio
Lentamente ...
Tive um sonho.
Eu estava vagando na escuridão
E chorei ao pisar na sombra cintilante

Eu acordei no meio da noite
Senti-me tão triste
Eu vi você no meu sonho hoje
Eu não lembro exatamente sobre tudo o que o sonho era
Você tinha um sorriso tão grande, não posso acreditar que você se foi
É realmente como um sonho


Não me diga que você está desaparecida
Não me diga que nunca vou ver você novamente
Isso é apenas um reflexo
Eu? ... eu estou apenas vivendo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sorria como se fosse verdade







Sou fascinado por essa frase,não desde a primeira vez que a li,mas sim da primeira vez que eu parei para pensar no seu significado.A frase original é "Smile Like mean it" é algo como 'Sorria se fosse isso",mas como é o nome de uma música,alguma boa alma traduziu como Sorria se fosse verdade.
Justamente é esse o sentimento que se traduz,e foi vasculhando alguns históricos antigos que percebi que uma pessoa ficava mandando esse trecho incessantemente em cada conversa mas por simples descuido ou falta de interesse,só agora depois de muito tempo é que percebi esse detalhe."Eu vejo um museu de grandes novidades",engraçado como o passado pode nos revelar tantas coisas interessantes.
Falar que as pessoas usam máscaras já é mais que clichê,mas os clichês são 'clichês' porque são coisas que se repetem e se repetem e na maioria das vezes fazem todo o sentido,uma vez em uma palestra eu ouvi 'Não fujam do clichê,eles fazem mais sentido do que se parece' e é assim que eu penso.Nós vivemos uma realidade que as pessoas pouco param para pensar nos detalhes,as pessoas se moldam para transparecer algo que não são,quantas vezes você pensou algo e não disse?Quantas vezes quis fazer algo e não fez?Alguns diriam que é hipocrisia,eu diria que é viver no "automático",se acomodar e não querer mudar.Não falo como se fosse a pessoa mais sincera do mundo,isso é um desafio constante para mim,mas já fico por hora satisfeito em apenas observar as pessoas e notar isso.
Sempre é tempo para se viver com sinceridade,não com as pessoas ou com a situação em que vivemos,mas com nós mesmos principalmente,sou suspeito em falar desse assunto,afinal dificilmente consigo ser sincero mas afirmar isso já é um grande avanço,um passo para Sorrir verdadeiramente :)